Tsunami em Phi Phi, na Tailândia: O que mudou na ilha após o desastre
Em dezembro de 2004, o mundo parou ao ver a tragédia que havia acontecido no Oceano Índico. Foram mais de 200 mil mortos em 14 países atingidos, entre eles, a Tailândia. Neste post contamos como o tsunami em Phi Phi alterou um dos maiores destinos turísticos do país.
TSUNAMI EM PHI PHI
Era manhã de 26 de dezembro, faltavam poucos dias para a chegada de 2005, quando as pessoas perceberam que o mar de Phi Phi havia recuado muito. Ninguém imaginava que aquilo seria sinal de um desastre que estava prestes a acontecer. Muitos turistas avançavam pela areia na área que antes havia água e alguns moradores tentavam puxar seus barcos. De repente, uma onda gigante surgiu e fez desaparecer milhares de pessoas.
Sem entender o que estava acontecendo e sem tempo para fugir, as pessoas foram arrastadas pelas ondas, assim como barcos, árvores, cadeiras e concreto. Muitas morreram afogadas, outras foram esmagadas, mas algumas sobreviveram. O filme “O Impossível” não relata o tsunami em Phi Phi, mas conta bem a história da tragédia no país. O local mais atingido foi a Indonésia, onde morreram mais de 100 mil pessoas. Estima-se que o número de mortos na Tailândia foi de 11 mil.
Uma das razões da tragédia ter atingido tanta gente é que naquela época não havia nenhum tipo de sinal de alerta que fizesse as pessoas saírem das áreas de risco. Por isso, as ondas gigantes chegaram e pegaram todos desprevenidos.
Antes do tsunami em Phi Phi, o local era cheio de grandes hotéis e resorts. Com a tragédia, foram surgindo aos poucos pequenas pousadas sem grande estrutura, mas com o tempo apareceram hotéis melhores.
Quem anda atualmente por Phi Phi, quase 13 anos depois da tragédia, por uns momentos até esquece que ali aconteceu um dos maiores desastres do início deste século. As pequenas ruas são agitadas, cheias de jovens animados, muita música alta, bares, festas nas praias e uma paisagem exuberante. Mas basta andar um pouquinho para a imagem do dia 26 de dezembro de 2004 voltar à cabeça.
Depois do tsunami em Phi Phi, diversas placas foram espalhadas pela ilha alertando para a rota de fuga em caso de emergência, inclusive em hotéis. Um dos pontos turísticos de Phi Phi, o View Point, que tem uma linda vista de toda a ilha, serve também como rota de fuga, por ser um dos pontos mais altos da região. Por todos os lados, as placas e as caixas de som nos fazem lembrar da tragédia.
De acordo com o governo, atualmente, o país já está preparado para emitir avisos em caso de mínima ameaça, além de terem instalado equipamentos nos oceanos e fazerem sempre treinamentos preventivos com os moradores.
Em Phi Phi, ainda há lugares com os restos do desastre. A ilha se transformou em um novo local após o tsunami, mas até hoje sofre com esgotos e lixos.
Em um dos dias em que estávamos por lá, decidimos comer no Garlic, um restaurante simples que sobreviveu ao tsunami em Phi Phi. Um dos primeiros estabelecimentos da ilha, ele estava lá desde o início dos anos 90. A dona do local, uma senhora com idade bem avançada, contou que estava em Phi Phi no dia do tsunami. Ela disse que a água subiu muito, foi até o teto, mas ela conseguiu fugir antes da onda chegar. Mesmo assim, perdeu amigos e familiares.
Para reerguer o restaurante, ela contou com a ajuda da Suécia e de voluntários. Atualmente, o estabelecimento é simples, mas o atendimento é ótimo, tanto que a dona foi na nossa mesa para saber se estávamos gostando dos pratos que havíamos pedido. Além disso, a comida é bem tradicional, caseira e barata. Mas o melhor mesmo é saber que estamos ajudando pessoas que passaram por uma grande tragédia a se reerguerem.
Alguns vídeos do YouTube mostram o dia da tragédia.
Apesar do desastre ainda fazer parte da nossa memória, o clima de Phi Phi, as paisagens e a alegria das pessoas nos fazem deixar tudo de lado e ter uma viagem leve. É tão bom estar por lá que mesmo antes de ir embora já dá vontade de voltar. Talvez seja por isso que a cada ano o número de brasileiros que visitam a Tailândia aumenta. Praias lindas e gente de bem com a vida. O resto é torcer para não acontecer e se acontecer é torcer para os alertas realmente funcionarem.
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Adorei a matéria sobre o tsunami em Phi Phi