Por que viajar sozinho é um teste de independência
Não é fácil se tornar independente. A vida faz caminhos que nos levam a aprender e a tentar ser o dono do próprio nariz e das próprias contas. Uma boa forma de tentar experimentar esta tal independência é viajar sozinho pela primeira vez.
Muitos detestam essa sensação! Mas se você não consegue passar alguns dias sozinho, será que conseguirá viver sozinho, ser independente? A verdade é que viajar sozinho tem os lados positivos e negativos, mas serve como um bom teste antes de tomar decisões que mudarão seu dia a dia.
Em primeiro lugar, não pense que viajar sozinho é a mesma coisa de ir sem conhecidos a uma excursão. Não! Viajar sozinho começa antes mesmo de embarcar. A escolha do destino, a compra das passagens, a decisão de qual hotel ficar, a definição dos passeios e o roteiro. Decidir e fazer tudo isso sozinho já é um grande desafio.
Você até pode ficar em um hostel com a intenção de fazer amigos na viagem. E, acredite, isso acontecerá facilmente. Existem muitas pessoas viajando sozinhas por aí. Mas, neste caso da independência, a viagem precisa ser só sua e de mais ninguém.
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Sabe aquela sensação boa de quando você está no avião chegando naquele destino dos sonhos depois de 10h voando? Pois então! Quando se está sozinho indo pela primeira vez para algum lugar, esta sensação se transforma em uma deliciosa insegurança. Tá bom. Ela só fica deliciosa depois que tudo já deu certo. Afinal, é muito difícil chegar em um lugar que você nunca foi e ter que conseguir sair sozinho do aeroporto e encontrar seu hotel.
Este é só o primeiro desafio. Depois, a gente percebe que coisas simples também se tornam desafiadoras quando estamos sozinhos. Até tentar entender como funciona o locker do hotel para deixar a mala enquanto o quarto não está pronto para entrar. Não temos ninguém para nos ajudar. E é aí que você se vê obrigado a perguntar e a falar com quem você nunca viu antes na sua vida e que, provavelmente, nunca mais verá. Ahh, e muitas vezes em uma língua que você não domina.
Fora que ninguém estará com você para encontrar os caminhos, descobrir as linhas do metrô e comemorar que o pôr do sol está lindo. Se bem que com o celular e a internet, agora fica fácil dividir estes momentos com quem está longe.
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Mas a graça de viajar sozinho e testar a sua independência está bem aí. Quando a gente volta, dá uma sensação incrível de vitória, de saber que deu tudo certo e que a gente conseguiu se virar muito bem, obrigado. Além disso, não há nada melhor do que poder acordar na hora que queremos, almoçar e jantar onde sentimos vontade e ter, inclusive, a opção de decidir não comer nada.
E tem mais um ponto positivo… Enquanto viajamos sozinhos e ouvimos aquelas seleção especial de músicas podemos pensar em nós mesmos e em tudo que estamos vivendo. Conseguimos refletir no nosso tempo, sem a pressa de ter que dar satisfação para os outros.
Poder estar sozinho, sem cobranças de ninguém, sem ter que dar satisfações, não ter como ser dependente dos outros e conseguir ficar longe do celular dão uma segurança que levamos para o nosso dia a dia depois da viagem. Ficamos mais fortes, mais confiantes e mais donos de si. Mais próprios e com autonomia para decidir o que queremos fazer e com quem queremos viver e conviver.
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Por isso, viajar sozinho é um teste para sermos independentes e para nos conhecermos melhor. Quem sabe não dá até para descobrir que, de repente, você é a sua melhor companhia?
Agora, se você já tentou viajar sozinho e viu que não é a sua, não se culpe por isso. Não é nenhum defeito nem qualidade. É apenas uma perspectiva sua da vida.
De qualquer forma, sozinho ou acompanhado, nunca deixe de viajar!
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