O Canal do Panamá é obrigatório quando você visita o país

Vera Bastos disse:

Olá Rafael, já de volta de Cuba, há bastante tempo, mas a aventura da viagem é bem presente.
Começando pela Copa Airlines, o atendimento a bordo deixa a desejar, os comissários são bem estressados.
Há café com leite para servir e eles escondem, não é estranho? Os aviões são pequenos e apertados.

Desde janeiro, estávamos à procura de hotel para fazer a reserva e não conseguíamos, somente através de uma agência de viagem conseguimos "a duras penas" porque o povo de lá não responde telefone, nem internet. Veja bem, nossa viagem foi em 21 de março. Parece que o Caribe todo é assim.

Havia o Congresso Internacional de Espiritismo em Havana, participaram mais de 2.000 pessoas. Dizem que foi um sucesso, bem organizado. Daí também hotéis tão repletos além deste evento outros estavam acontecendo.

Chegada à noite em Havana é o seguinte: as ruas são mal iluminadas e o guia estava bêbado, nosso hotel era distante de "Habana Vieja". Esse detalhe já sabiámos, por causa da lotação dos hoteis.
Manhã seguinte: o hotel 3 estrelas Montehabana – em Miramar – era limpo, atendimento prestativo e rápido e o café bem variado e farto. Estão pintando o hotel, fazendo melhoramentos.
Esse hotel é contíguo ao hotel Occidental Miramar, lá tomávamos o café, piscina ótima, ao final do dia dávamos uma caida . Fico imaginando um hotel, no Brasil, sendo administrado pelo Governo!!! Lá pelo ao menos, – funciona.

Pegamos um táxi, na manhã seguinte, com motorista+guia: foi um achado porque viramos Havana, encantadas com tudo, os prédios sendo remodelados, sem riscos de assalto, o povo alegre. É muito pitoresco, prédios velhos com roupas penduradas, os carros antigos. Nada foi surpresa, estudei antes para aproveitar a viagem.
O turismo é a segunda maior renda do país, a primeira é o níquel. Não percebi o turismo sexual que me falaram, também não estava com olhos para isto. Queria saber da arquitetura da história de um povo tão sofrido, com tantas invasões ao longo dos tempos.

Uma das amigas é cantora e compositora, logo parávamos em cada cantor de rua, acabava que ela pegava o violão, cantávamos e eu dançava, viramos atração. À noite assistimos, um dos grupos da orquestra Buena Vista Social Clube, são os idosos mais divertidos e talentosos que jamais vi.

Evidente que é um choque cultural, estranho um povo alfabetizado, artístico, se sujeitar à falta de liberdade de vir-e-vir. Fomos a um supermercado (quando viajo, sempre vou porque retrata bem os hábitos alimentares do povo) e tivemos que deixar a bolsa e só entrar com a carteira. Muitas prateleiras vazias, compramos água e na saída tivemos que apresentar o ticket de compra e abrir a sacola plástica para o policial que estava na saida.

Levei sabonetes, chocolate e chiclets (este pediam bastante), até papel higiênico porque me avisaram que nos hotéis só repõem no dia seguinte (não aconteceu), agora, lenço de papel é obrigatório pois não há papel higiênico nos banheiros dos restaurantes. Não há pasta de dentes para vender, não encontrei farmácia, só drogaria e nada.

Meu cartão de crédito pré-pago da Mastercard não foi aceito, embargo americano.
O câmbio estava 0,97cuc`s / 1 dolar.