Gorjeta na Argentina: Quanto é o serviço em restaurantes e bares?
Tem uma viagem marcada para Buenos Aires ou outra cidade do país e quer saber se deve pagar gorjeta na Argentina? Nesse post vamos falar sobre a gratificação em restaurantes, bares, táxis e hotéis.
Como funciona o serviço no país? Devo pagar como no Brasil? Ele já vem na conta de restaurantes e bares? O que é a propina, que nada tem a ver com o significado da palavra em português? E o cubierto?
Tire essas e outras dúvidas para se dar bem na sua próxima viagem à Argentina.
Quanto dar de gorjeta na Argentina?
Assim como no Brasil, o valor sugerido da gorjeta na Argentina é de 10% do valor total da conta. Mas há muitas diferenças no modo de pagar e também em como a propina, como se chama a gratificação em espanhol, pode vir ou não na conta.
É muito comum em bares ou restaurantes em Buenos Aires e nas demais cidades do país que a conta não traga o valor da gorjeta. Muitas vezes você inclusive verá escrito nela “propina no incluída”, justamente pra mostrar que o valor não está com a taxa de serviço.
Pagamento da gorjeta em dinheiro vivo
Na maioria dos casos, você deve deixar sobre uma bandejinha ou naquele envelope de couro entregue após o pagamento da conta o equivalente a 10% de gorjeta em dinheiro mesmo. Aqui moeda em espécie se chama “en efectivo”, que é a forma mais comum do serviço ser pago.
Dificilmente o estabelecimento aceitará a propina no cartão, mesmo que esse seja o modo como você irá pagar a conta. E pro país ficar barato, você vai precisar entender o que é câmbio blue, como explico nesse link.
Ou seja, na maioria dos bares e restaurantes a gorjeta na Argentina, equivalente a 10% como no Brasil, deve ser deixada na mesa após o pagamento da conta.
Sei que nós brasileiros achamos meio estranho isso, mas é comum que você se levante e deixe a quantia lá sobre a mesa. O garçom logo em seguida irá pegá-la.
Então é bom saber que mesmo que o estabelecimento não traga somado na conta já a taxa de serviço na soma final, como no Brasil, é sempre recomendável deixar ao menos 10%.
Os funcionários de bares e restaurantes costumam dividir esse valor entre eles no final do dia de trabalho.
Mas claro que, da mesma foram que no Brasil, a gorjeta é esperada em estabelecimentos onde há serviços, como de garçons. Em feirinhas ou mercados de Buenos Aires, por exemplo, pode até haver uma caixinha, mas a contribuição é totalmente voluntária.
O que é propina na Argentina?
Como adiantei no tópico anterior, propina significa gorjeta na Argentina e em outros países de língua espanhola. É a gratificação conhecida no Brasil simplesmente como “dez porcento”.
Então não estranhe que o uso da palavra “propina” seja mais comum do que você imagina, já que em nada tem a ver com o significado em português, associado a corrupção.
Já “propina” em espanhol, da forma negativa como conhecemos no Brasil, é soborno. Em curtas palavras, é o “suborno” mesmo. Em um exemplo de uso: “Los sobornos a la policía eran escandalosos” (As propinas para a polícia eram escandalosas).
Gorjeta na Argentina em hotel
A gratificação pelo serviço de carregadores em hotéis também é semelhante ao Brasil. Você dá algum dinheiro se quiser. Normalmente algo equivalente entre 2 a 5 dólares é bem visto pelos profissionais.
Mas contribuir ou não é totalmente voluntário. Só não se esqueça do sempre bem-vindo e esperado “muito obrigado”, que por aqui é “muchas gracias”.
Aliás, nós já publicamos um guia dos melhores bairros pra se hospedar em Buenos Aires, mas essas dicas valem pra qualquer cidade do país.
Para serviços de alimentação em bares ou restaurantes de hotéis, o mesmo vale quando falamos de gorjeta na Argentina: pelo menos 10% sobre o valor da conta, normalmente pagos em dinheiro vivo.
Já gratificação para camareiras, algo muito comum em países da Europa e nos Estados Unidos, também é bem-vinda. Mas não há uma regra e, assim como no Brasil, nem todo mundo contribui.
Então é uma decisão do hóspede, embora seja sem muito bem recebida pelos profissionais.
Táxis e guias de turismo
Outro ponto corriqueiro nos Estados Unidos é dar gorjetas para taxistas e motoristas por aplicativo. Mas na Argentina não é algo muito comum.
De toda forma, se você teve um bom serviço e quer contribuir como forma de agradecimento, pode pagar um pouco a mais pela corrida ou então arredondar o troco.
Já guias de turismo no mundo todo ficam felizes com uma contribuição voluntária por parte dos clientes após um dia de passeio. Não há uma regra e a decisão também é sua.
Aliás, é muito comum em várias cidades pelo mundo os chamados free tours, que são passeios a pé por pontos turísticos em que os guias não cobram nada.
Nesses casos é sempre recomendável que você contribua com alguma coisa de acordo com sua satisfação. Uma boa gorjeta varia ao equivalente entre 5 a 15 dólares ou euros na maioria dos países.
Na Argentina também há muitos desses free tours, principalmente em Buenos Aires. Esses são alguns dos principais, caso você queira reservar gratuitamente:
Embora grátis, como eu disse, uma gorjeta é esperada pelos guias que ofereceram seu tempo para o passeio. Se você gostar, claro!
O que é cubierto na Argentina?
Confesso que sempre estranhei essa cobrança comum em restaurantes, principalmente na Argentina e no Uruguai. Mas o que é o cubierto?
Caso você nunca tenha ouvido falar, o cubierto é uma taxa que se paga por usar a estrutura de um restaurante, como talheres, pratos e até as mesas. Soa muito estranho, né? Mas sim, é uma realidade mais presente do que você imagina.
Embora o valor normalmente seja baixo, algo similar ao custo de um couvert no Brasil, ele não tem nenhuma relação com ter ou não alguma entradinha antes da refeição.
O cubierto nada mais é do que o serviço de mesa que você paga se for consumir dentro de um bar ou restaurante. Se for levar para viagem, aí ele não é cobrado. Aliás, o valor é por pessoa e não pela mesa.
Não confunda cubierto com couvert
A confusão de relacionar o cubierto com o couvert é porque muitos restaurantes desses países naturalmente já servem ao menos um pãozinho com manteiga aos clientes.
No Brasil, nós podemos recusar esse couvert ou nem tocar nas comidinhas para não sermos cobrados. Mas no caso do cubierto ele será cobrado de toda forma.
Em Buenos Aires, por exemplo, existe até uma lei que especifica que a cobrança deve estar atrelada ao restaurante oferecer ao menos água e pão ao cliente. Porém isso pode mudar de cidade pra cidade.
Mas não se preocupe, já que o valor do cubierto sempre está muito bem descrito nos cardápios e você não terá surpresas.
Aliás, também não confunda ele com a gorjeta, que deve ser adicionada no final caso não venha detalhada na conta. Ela até pode ser opcional, mas o cubierto não é.
Não é todo restaurante que cobra, mas com certeza você irá se deparar com essa palavrinha em uma viagem à Argentina.
Tem mais alguma dúvida sobre gorjeta na Argentina? Então deixe seu comentário que faremos o possível para ajudar!
Perguntas frequentes
Assim como no Brasil, o esperado para dar de serviço na Argentina é de pelo menos 10% do valor total da conta. Mas há algumas peculiaridades que você deve saber para pagar, como explico nesse tópico.
Sim, aqui chamada de propina, a gorjeta ou taxa de serviço é esperada por garçons e outros profissionais de bares e restaurantes (saiba mais).
Propina em espanhol significa gorjeta e nada tem a ver com o significado da palavra em português (entenda melhor).
Em toda a Argentina, a gorjeta esperada é de 10%, assim como no Brasil. Mas muitas vezes ela não vem descrita na conta e a contribuição deve ser feita depois do pagamento, em dinheiro vivo (saiba mais).
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Se não tenho dólar para deixar a gorjeta, posso deixar em Real?
Oi, Valmaria, tudo bem?
Normalmente a gorjeta é em pesos argentinos mesmo. Mas se você não tiver, aí pode perguntar aos garçons se aceitam dólares ou reais.
Abraços
A grande maioria dos estabelecimentos de hospedagem e de gastronomia no Brasil, cobram a gorjeta ou taxa de serviço, sem que a distribuição seja feita para todos os empregados.
As empresas fazem da gorjeta, o salário dos empregados, porém não fazem recolhimento dos encargos sociais. O mais grave, é que os empregados são obrigados a assinar um recibo com valores não superior ao piso salarial da classe. Isso gera terríveis transtornos quando o empregado quando necessita se ausentar do trabalho por motivo de doença, ou na aposentadoria, porque o benefício que passa receber tem base de cálculo o valor do piso salarial.
Outro problema, é que essa gorjeta fica apenas com os garçons, não sendo, portanto, dividida ou repassada aos demais empregados, que também deram sua força de trabalho para que o cliente saia satisfeito.
Estamos abertos para debater o tema.