Furacão em Hong Kong: Nossa experiência de quase passar por um
A gente tinha acabado de embarcar pra Ásia quando descobrimos que a previsão era de que um tufão (quase a mesma coisa que furacão) chegasse a Hong Kong no nosso segundo dia por lá. Neste post, relatamos a nossa experiência de quase viver um furacão em Hong Kong e como a cidade-estado está preparada para enfrentar esses eventos climáticos:
FURACÃO EM HONG KONG
Nossa primeira parada foi em Dubai. Como sempre, tempo lindo e céu azul. Passamos uma noite lá e seguimos rumo a Hong Kong com a tal previsão de um tufão.
Quando chegamos, um dia antes da previsão da passagem do tufão, percebemos que o aeroporto estava normal e não havia nenhuma movimentação diferente.
Encontramos o Oscar, do Viajoteca, que mora lá. Ele nos explicou que o governo disponibilizaria em um aplicativo comunicados de hora em hora falando o nível de atenção com o tufão que ia de 1 a 10. Se no dia da previsão quando acordássemos o nível estivesse alto, não haveria aula nas escolas e as pessoas seriam dispensadas do trabalho.
Não dava para acreditar que um tufão poderia passar por ali nas próximas horas. O dia estava lindo com muito sol e poucas nuvens no céu. Mas a previsão falava isso mesmo. Na quinta estaria sol, na sexta poderia ter o tufão e no sábado o tempo abriria de novo.
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Para brasileiros que nunca passaram por um terremoto de menor escala possível e já sofrem com as chuvas de verão de São Paulo, só de pensar na possibilidade de encontrar um tufão já dava um friozinho na barriga. A gente nem sabia exatamente o que era um tufão.
Fomos dormir apreensivos. Durante a madrugada, acordei várias vezes para conferir os níveis de atenção do governo. Começou com 3, mas foi aumentando no decorrer da madrugada até chegar a 8.
Pronto! Aulas canceladas e pessoas dispensadas do emprego. O que a gente faria se nem guarda-chuva tinha?
Acordamos cedo, olhamos pela janela e vimos que o céu estava preto, mas que a chuva ainda era fraca. No aplicativo do governo, eles avisavam a quantos km de Hong Kong estava o tufão e em qual horário ele provavelmente passaria por lá. Arriscamos sair do hotel para comprar comida para o dia todo.
Quando descemos, não acreditamos. A cidade que é insuportavelmente lotada estava fantasma. Não havia praticamente ninguém. Pelo menos o metrô ainda estava funcionando, o que era um bom sinal. Andamos um pouco até a 7-eleven, loja de conveniência mais próxima, e compramos Cup Noodles e um guarda-chuva. Quando chegamos de volta ao hotel, nos deparamos com barricadas nas portas para proteger da chuva que prometia vir.
Na parede, havia um papel com um mapa que mostrava onde o tufão estava. Entretanto, ninguém do hotel deu recomendações do que fazer ou não fazer. Mas também não poderíamos esperar muito, já que simpatia e inglês não faziam parte do dia a dia das pessoas que trabalhavam naquele estabelecimento.
Voltamos para o quarto, ligamos a TV e ficamos tentando entender o que eles falavam. No canto da tela de todos os canais havia o alerta do governo com o nível de atenção.
Dormimos um pouco e resolvemos descer pra ver como estava o tempo. Chovia e ventava, mas nada de anormal. O nível de alerta ainda estava alto, mas a previsão do horário que o tufão iria passar aumentava a cada atualização.
Ficamos o dia todo trancados no quarto com medo do que poderia acontecer. Ainda mais porque os prédios de lá bem antigos. Então, por mais que a chuva não seja forte, os ventos podem fazer grandes estragos. Não é raro aparelhos de ar-condicionado, que ficam pendurados nas janelas, caírem em cima de pessoas que estão andando pela rua. Imagine em um dia de previsão de furacão em Hong Kong! Sem contar que a cidade estava realmente parada. Não havia ninguém e quase tudo estava fechado.
Por volta das 19h a previsão do furacão em Hong Kong voltou ao nível 3 e podemos sair do hotel. As ruas já estavam cheias, mas grande parte das lojas permaneciam fechadas. Tentei ir a um shopping para ver câmeras fotográficas e praticamente tudo estava fechado com um aviso na porta de que só voltariam a funcionar no dia seguinte.
Pra nossa sorte, o tufão desviou e não passou por Hong Kong. O dia seguinte amanheceu claro e a gente conseguiu aproveitar a cidade normalmente. Só ficaram a experiência, o medinho e o quase tufão. Vida que segue em Hong Kong até a próxima previsão do tempo.
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