Onde comprar vinho em Buenos Aires pra levar pro Brasil?

Assim como alfajor e doce de leite, é raro um turista que não queira comprar vinho em Buenos Aires durante uma viagem. Além de serem clássicos da Argentina, esses produtos são bem mais baratos.

O país é um dos maiores produtores da bebida no mundo e um prato cheio pros amantes de vinhos ou para quem quer aproveitar os bons preços para presentear amigos ou parentes no Brasil.

Onde comprar vinho em Buenos Aires

Antes de mais nada, pra aproveitar realmente os preços baixos, é bom você saber o que é câmbio blue e que moeda levar para a Argentina, como explicamos nesses links.

Sem isso, você acaba caindo no câmbio oficial e os preços no país podem sair pelo dobro. Ou seja, o nosso real perde metade do poder de compra.

Homem com carrinho de mercado procura onde comprar vinho em Buenos Aires
Foto: Esse Mundo É Nosso

Mas vamos então falar dos melhores lugares que encontramos para comprar vinho em Buenos Aires, inclusive com dicas de moradores da capital portenha.

Para rótulos mais comerciais, aqueles facilmente encontrados no Brasil, a dica é procurar os supermercados, mercados e também os “mercadinhos chinos”, que tem como donos imigrantes chineses.

Como todos são fáceis de encontrar pela cidade, você não deve ter de se deslocar tanto a partir do seu hotel.

Mas calma, no próximo tópico vamos falar de supermercados específicos que visitamos e encontramos uma boa variedade e bons preços.

Antes disso, se o que você procura são marcas de vinhos mais nobres ou caras, talvez os mercados não sejam o principal lugar de compra.

Para esses casos, o melhor é ir a lojas especializadas, que normalmente estão em bairros mais nobres. Um exemplo são aquelas que ficam na Recoleta.

Ali é fácil encontrar adegas que vendem vinhos mais sofisticados, como a Vinnovo e também a Grand Cru, a mesma que tem no Brasil e que tem várias outras unidades pela cidade.

Outras vinherias com diversas franquias são a Frappé e a Ligier, que também são boas opções. Normalmente elas têm unidades nos melhores bairros da capital argentina, que inclusive damos dicas dos principais pra se hospedar nesse link.

Mercados onde comprar vinho em Buenos Aires

De modo geral, supermercados com bons preços e boa variedade de vinho são os maiores, como Carrefour, Coto e Disco. Além de muitos rótulos, você normalmente costuma achar promoções tentadoras.

Fachada do supermercado Coto, ótimo lugar para comprar vinho em Buenos Aires
Supermercado Coto (Foto: Divulgação)

Mas não se esqueça de trazer bolsas ou mochilas, já que eles não dão sacolas. Ou então você terá de comprar uma retornável no próprio caixa.

Mais fáceis de serem localizados em praticamente qualquer bairro, unidades do Dia e do Carrefour Express também têm bons preços. Mas por serem mercados pequenos, a variedade é muito restrita. Então vai realmente depender dos rótulos que você procura.

Compartilho aqui os endereços de unidades que visitamos para comprar vinho em Buenos Aires e gostamos:

  • Coto (Calle Agüero 616 – Metrô Carlos Gardel)
  • Carrefour Shop. Alcorta (Jerónimo Salguero 3212)
  • Disco (Esmeralda 1365 – Metrô Retiro Mitre)
  • Carrefour Market (Av. Córdoba 1631 – Metrô Callao)

Mas esses são apenas alguns exemplos, já que também fomos a lojas do Dia e Carrefour Express espalhadas por outros bairros. De modo geral, se você encontrar grandes supermercados tem chances de achar uma boa variedade.

Quanto custam os vinhos em Buenos Aires?

É um pouco complicado falar de preços já que você pode procurar determinados rótulos de vinhos e a faixa pode variar bastante. Outro fato é a alta inflação no país.

Mas pra se ter uma ideia, no final de 2022, encontramos garrafas a partir de R$ 8 na maioria dos mercados. São marcas que aqui no Brasil custam entre R$ 40 e R$ 50.

Garrafa de vinho em supermercado, um dos melhores lugares pra comprar vinho em Buenos Aires
Foto: Esse Mundo É Nosso

Já o famoso espumante Chandon, que no Brasil pode passar de R$ 100, é um dos vinhos que fazemos questão de comprar nas viagens à Argentina. Ele sai por pouco mais de R$ 30.

Mas vale dizer que todos os preços foram convertidos com o câmbio blue, que é bem mais vantajoso.

Garrafas de espumante Chandon em gôndola de mercado na Argentina
Foto: Esse Mundo É Nosso

Nos restaurantes, ainda seguindo esse câmbio, você encontrará taças que começam por volta de R$ 10. Ou seja, é hora de aproveitar e tomar aquele vinhozinho nas refeições, algo normalmente caro no Brasil.

Bagagem e limites pra comprar vinho em Buenos Aires

Nós já publicamos um guia completo explicando todos os detalhes de quantos vinhos você pode trazer da Argentina para não ter problemas ao desembarcar no Brasil.

Nele falamos dos limites impostos pela Receita Federal, além dos das companhias aéreas, como no caso de bagagem de mão.

Mas de forma geral, dá pra resumir da seguinte forma:

  • Compras até US$ 1 mil são isentas de impostos por via aérea (guarde as notas fiscais);
  • O limite cai para US$ 500 via terrestre;
  • Máximo 12 litros de bebidas alcoólicas, ou seja, 16 garrafas de vinho de 750ml;
  • Normalmente, voos da Argentina para o Brasil permitem garrafas fechadas na bagagem de mão e o limite é de seis por pessoa.

Como transportar garrafas de vinho no avião?

Se você pretende despachar a mala com garrafas, uma técnica que uso e que nunca tive problemas é embalar bem cada uma com as minhas roupas.

Além disso, certifique-se de que elas estão bem justas na mala, sem folga para que batam no manuseio da bagagem. Na bagagem de mão, vale também tentar protegê-las para que não se encostem no transporte.

Há ainda malas ou espumas específicas para o transporte de vinhos. Se você é amante da bebida, também pode ser uma boa ideia para não ter problemas.

Sugiro que dê uma olhada na Amazon, por exemplo, nesses produtos:

Principais vinhos produzidos na Argentina

Um dos vinhos mais famosos da Argentina por sua qualidade é o Malbec. Ele é um ícone da vinicultura no país e ganha reconhecimento em todo o mundo.

Você também irá encontrar facilmente outras uvas, como os vinhos Cabernet Sauvignon e os feito com a uva Syrah. Não tão abundantes na produção, mas ainda sim importantes no país, estão os vinhos Tempranillo, Torrontés e Bonarda.

Principais regiões produtoras

Muito se associa, ao pensar em vinho na Argentina, a cidade de Mendoza com a bebida.

Realmente a região aos pés da Cordilheira dos Andes é responsável por praticamente dois terços da produção do país. A combinação de clima e solo do local é perfeita para a elaboração de vinhos.

Vinícola de Mendoza, na Argentina, em dia de céu azul com os Andes ao fundo
Vinícola em Mendoza, Argentina (Foto: Unsplash)

Mas como os vinhos “mendocinos” são facilmente encontrados no Brasil, você pode provar rótulos de outras importantes regiões produtoras, como San Juan, Salta e até mesmo aqueles produzidos na Patagônia Argentina.

Tem mais alguma dúvida sobre onde comprar vinho em Buenos Aires ou sobre o transporte da bebida para o Brasil? Então deixe seu comentário!

Rafael Carvalho
Mineiro fã de frango com quiabo e de uma boa cerveja, mora atualmente em São Paulo. É formado em Rádio e TV, pós-graduado em Jornalismo e trabalha há mais de 16 anos com Conteúdo Digital. Já passou por empresas como SBT e Jovem Pan FM. Apaixonado por viagens, fundou o Esse Mundo É Nosso e roda o Brasil e o mundo o ano todo sempre em busca de dicas para serem compartilhadas.
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Comentários:
Marta Amiel disse:

Vcs estão de parabéns! Melhor guia de Buenos Aires. Leitura simples, segue um contexto, dicas que fogem do turistico!! Muito bom!

Oi, Marta, tudo bem?
Que legal, ficamos muito felizes!

Abraços

Leyla disse:

Iremos a Buenos Aires em maio e de lá seguiremos para outros países.Como faço para despachar (via aereo) garrafas de vinho de Buenos Aires para o Brasil?

Oi, Leyla, tudo bem?
Se você for seguir viagem com os vinhos, existem cases especiais pra despachá-los. Eu costumo enrolar na roupa mesmo e enviar na mala despachada. Nunca tive problemas.
Já se for pra mandar de volta para o Brasil sem seguir viagem, aí você tem que ver com alguma transportadora. E vale também ver se vale o custo, né?
Abraços